O Apogeu do Império do Brasil


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A fase do Brasil Império exige uma gama de textos que abordem os conteúdos específicos desse momento da história do país, contemplando, assim, o período que vai do ano de 1822 (quando o Brasil tornou-se independente) ao ano de 1889 (quando foi proclamada a República). Para tanto, esse arco temporal é convencionalmente dividido em três partes: Primeiro Reinado, Período Regencial e Segundo Reinado, que serão esmiuçados a seguir.
Resultado de imagem para primeiro reinadoPrimeiro Reinado: Momento em que o Brasil deixou a condição de colônia, quando a família real portuguesa saiu de Portugal após o avanço das tropas napoleônicas sobre a Península Ibérica, entre os anos de 1807 e 1808. Nesse contexto, o Brasil foi alçado à condição de Reino Unido de Portugal e Algarves. A partir de 1808, portanto, teve início no Brasil uma intensa efervescência política que foi pautada, sobretudo, pelas divergências entre portugueses (vindos com a Corte) e brasileira, bem como entre liberais e conservadores (disputa interna entre os próprios brasileiros).
A situação política do Brasil só foi resolvida com a articulação e a instituição do Império. No início de 1820, quando começaram essas articulações, a América Latina e a Europa estavam passando por grandes reviravoltas. O modelo republicano era paulatinamente adotado pelos países vizinhos do Brasil. Ao longo do ano de 1821, os chamados “arquitetos” do império, como José Bonifácio de Andrada e Silva, passaram a tramar a adoção do modelo imperial no Brasil. Em 1822, D. Pedro, filho de D. João VI, optou por permanecer no Brasil e declarou o país independente de Portugal, tornando-se o primeiro imperador, sob o título de D. Pedro I.
As instituições do Império, entretanto, só foram efetivamente estabelecidas e regularizadas com a Carta Constitucional de 1824, ou, em outros termos, a Constituição de 1824. Uma das principais características do Império Brasileiro foi tecida nessa Constituição, isto é, o Poder Moderador, que consistia em um quarto poder que dava ao imperador a autoridade de apreciar a decisão dos outros poderes.
Imagem relacionadaPeríodo Regencial: D. Pedro I abdicou do trono, na década de 1830, em favor de seu filho, então com cinco anos de idade. Como a menoridade impedia o então herdeiro do trono de assumir o cargo de imperador, o governo do Brasil ficou sob a responsabilidade de regentes. As regências tiveram de articular uma nova configuração política para o Império, além de terem que enfrentar várias revoltas que eclodiram após a abdicação de D. Pedro I. Uma das manobras políticas mais ousadas da História do Brasil também foi efetuada no período da regência: o Golpe da Maioridade, em 1839, que tornou D. Pedro II imperador com apenas 14 anos de idade.



Resultado de imagem para segundo reinadoSegundo Reinado: foi o período mais longo da História Imperial, indo de 1839 a 1889. Nesse período, o Brasil passou por transformações de grande porte em todos os setores, desde o econômico até o cultural. Revoltas também ocorreram e exigiram uma habilidade de integração nacional muito forte por parte do imperador.
Além disso, os ânimos políticos também tomaram uma configuração intensa, sobretudo entre conservadores e liberais. Os movimentos republicano e abolicionista, associados às posições do exército, que também passaram a ser refratárias às do império, acabaram por gerar pressões múltiplas que culminaram no exílio de D. Pedro II e na consequente Proclamação da República.


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 CURIOSIDADES:

  • Os Estados Unidos, que através da Doutrina Monroe defendiam a autonomia do continente americano, foram os primeiros a aceitar a emancipação política do Brasil. A Coroa Portuguesa somente reconheceu a independência do Brasil em agosto de 1825, após intervenção da Inglaterra, que obteve assim inúmeras vantagens comerciais. Portugal também recebeu 2 milhões de libras, a título de indenização.
  • A Carta de 1824 foi a primeira Constituição do país, cujas leis vigoraram durante todo o Brasil Império. O documento estabeleceu, entre outros pontos, a Monarquia Constitucional, com governo centralizado; sistema representativo com Senado e Câmara dos Deputados; quatro poderes políticos harmônicos – Executivo, Legislativo, Judiciário e Moderador -, este último exercido pelo Imperador. O direito de votar e de se eleger estava vinculado à posição social e patrimônio financeiro, o que excluía a maior parte da população.
  • Durante o início do período imperial o país atravessava grave crise econômica. As lavouras tradicionais de exportação, como cana de açúcar, algodão e tabaco entraram em decadência com a concorrência de outros países. Além do mais, o Brasil tinha mais custos com a importação de manufaturas do que os ganhos obtidos com a exportação de produtos agrícolas.
  • Mas não era só na área econômica que D. Pedro I enfrentava dificuldades. Em 1826, com a morte de D. João VI, o trono português passou a pertencer ao imperador do Brasil. Pressionado pela elite brasileira, que temia a recolonização do país, D. Pedro I renunciou em favor de sua filha, D. Maria da Glória. Como ainda era criança, o trono passou a ser regido por D. Miguel, irmão de D. Pedro I, que, com apoio de outros países, foi aclamado rei em 1828.
  • Para reaver o trono, o imperador decidiu ajudar financeiramente a luta contra D. Miguel em Portugal. Isso aumentou mais ainda a crise econômica e o descontentamento das forças políticas de oposição brasileira. Outros acontecimentos deixavam clara a insatisfação popular, como as Revoluções Liberais de 1830, protestos contra o assassinato do jornalista Líbero Badaró, que fazia críticas ao governo, e lutas de rua entre brasileiros e portugueses, como a Noite das Garrafadas, levaram D. Pedro I a abdicar, em 1831.
BIBLIOGRAFIA:

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