A REVOLUÇÃO AMERICANA
Revolução Americana

As colônias do Sul foram, de início, habitadas majoritariamente por aventureiros em busca de riqueza rápida. Em 1649, com a deposição e execução do rei Carlos I de Inglaterra na sequência da Guerra Civil Inglesa e proclamação da República sob Oliver Cromwell, antigos defensores da monarquiaforam para estas terras, onde seriam grandes proprietários de terras e escravos. Isto geraria em breve uma sociedade altamente hierarquizada, rural e conservadora. As colônias do Norte, por sua vez, se tornariam abrigo daqueles que fugiam de perseguições religiosas, que organizariam uma sociedade mais igualitária, que tinha a educação como prioridade. Além disso, a própria natureza da chegada de tais colonos às novas terras tornaria sua sociedade particularmente independente da metrópole inglesa, numa tendência que se espalharia para as colônias mais ao Sul.
Diferentemente das colônias portuguesas e espanholas do mesmo período, portanto, as 13 colônias contavam com um sistema de auto governabilidade, tendo assim relativa autonomia política, embora ainda fossem vinculadas às leis inglesas. No século XVIII, contudo, esta autonomia foi progressivamente diminuída com diversas restrições e imposições da metrópole, que passou, por exemplo, a proibir que as 13 colônias tivessem fábricas que competissem com indústrias inglesas, ou exportar sua produção agrícola para qualquer outro país que não fosse a Inglaterra, fazendo a insatisfação dos habitantes crescer gradualmente.
Já na década de 1750, os gastos efetuados durante a Guerra dos Sete Anos contra a França deixou a Inglaterra em péssima situação financeira. Para se reequilibrar, a metrópole optou por submeter às colônias a mais tributos. Assim, foram aprovados vários novos impostos para produtos de uso diário dos colonos – como açúcar, selo e chá. Essas medidas foram muitíssimo impopulares, e logo os primeiros protestos e boicotes contra o governo britânico ocorreriam. Além disso, as assembleias coloniais passaram a questionar o próprio direito do governo inglês de tributar os habitantes, uma vez que as 13 Colônias não tinham representação qualquer no Parlamento. Como resultado da movimentação dos colonos, a metrópole acabou por suspender todas as novas taxas, menos o imposto sobre o chá.
Tendo isso em vista, os colonos passaram a adquirir o chá livre de impostos dos Países Baixos, mas as tensões sobre o que viam como um tributo indevido apenas continuaram a crescer. Em 1773, depois que um carregamento de chá da Companhia Britânica das Índias Ocidentais foi atacado por colonos disfarçados de indígenas, que atiraram todo o conteúdo ao mar na chamada Festa do Chá, o Parlamento inglês ocupou militarmente a cidade de Boston e restringiu os poderes da Assembleia local. Essas medidas ficariam em breve conhecidas como Leis Intoleráveis.
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Capa original de Senso Comum, de Thomas Paine. |
Em setembro do ano seguinte, representantes de todas as colônias se reuniram no Primeiro Congresso Continental e conceberam uma petição pedindo o fim de tais medidas, que enviaram ao rei George III. A revogação, contudo, não ocorreria e, algumas semanas antes do Segundo Congresso Continental, tropas britânicas entraram em confronto com grupos de colonos armados, fazendo o rompimento inevitável e a criação de um Exército Continental Americano, liderado pelo coronel George Washington. A guerra propriamente dita, contudo, só estouraria em julho de 1776, depois da entrega da Declaração de Independência e a criação oficial dos Estados Unidos da América. Para convencer habitantes ainda indecisos, uma obra fundamental seria Senso Comum, de autoria do inglês Thomas Paine (1737-1809). Fortemente inspirado pelos ideais iluministas, Paine defenderia com hábeis palavras a necessidade de se separar de um governo déspota, que apenas explorava e prejudicava as 13 Colônias.
A guerra contra a antiga metrópole duraria até 1781, quando os colonos, apoiados por França, Países Baixos e Espanha, derrotaram definitivamente os ingleses na batalha de Yorktown. A metrópole reconheceria oficialmente a independência do novo país dois anos mais tarde, e a primeira Constituição do novo país – com fortes influências iluministas – seria promulgada em 1788.
Cumpre relembrar, entretanto, que a população ainda se encontrava bastante dividida em suas lealdades nacionais. Estas fortes diferenças se encontrariam na base da Guerra Civil Americana (melhor conhecida como Guerra de Secessão) que ocorreria menos de um século depois.
A guerra foi encerrada formalmente em 1783, com a assinatura do Tratado de Paris, em que a Inglaterra reconheceu a independência dos Estados Unidos da América.
CURIOSIDADES:
4th of July, o 4 de Julho, foi oficialmente declarado um feriado nacional em 1941. É neste dia que todos americanos comemoram a independência dos Estados Unidos com fogos de artifícios, desfiles e parques e ruas lotados. O país inteiro se enfeita com as cores azul e vermelho e você encontra bandeiras norte-americanas em praticamente todos os lugares, mas não é só isto. Veja abaixo algumas curiosidades sobre o 04 de Julho nos EUA!
1. MAIS E MAIS PESSOAS NA RUA
Aproximadamente 2,5 milhões de pessoas que viviam nos Estados Unidos em 4 de julho de 1776. Hoje, esse número é 123 vezes maior: 309,6 milhões de pessoas.
2. UM CLÁSSICO
Os americanos amam Hot Dog e isso fica claro quando chega o dia 04 de Julho, todos os anos aproximadamente 155 milhões de Hot Dogs são consumidos no feriado.
3. CHEERS!
Os produtores de cerveja também têm muito o que comemorar! Cerca de 68 milhões de caixas de cerveja são vendidas no Dia da Independência em todo o país. Haja ressaca!
4. É HOJE
É Impossível não se apaixonar pelos fogos estourando atrás da Estátua da Liberdade em Nova York e no Memorial Martin Luther King Jr em Washington DC. EM 2015, os norte-americanos gastaram mais de US$600 milhões com fogos de artifício.
BIBLIOGRAFIA:
https://www.ef.com.br/blog/language/4-de-julho-eua/
SERIACOPI, Gislane Campos Azevedo; SERIACOPI, Reinaldo. “A formação dos Estados Unidos”. In: História: volume único. São Paulo: Ática, 2005. pp. 246-250.
WOOD, Gordon. A Revolução Americana. Rio de Janeiro: Objetiva, 2013.
http://super.abril.com.br/comportamento/senso-comum/
WOOD, Gordon. A Revolução Americana. Rio de Janeiro: Objetiva, 2013.
http://super.abril.com.br/comportamento/senso-comum/
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